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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

TEREMOS UMA VIDA MAIS TRANQUILA AO SEGUIR JESUS? A RESPOSTA É NÃO! VEJA POR QUÊ?



O demônio tenta nos enganar de várias maneiras

Muitos cristãos, ao tomarem a decisão de seguir ao Senhor, pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Cristo. Até mesmo os santos foram perseguidos. O interesse do maligno é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor. Isso não é motivo de nos levar a uma crise. Não temos motivo para temer o inimigo, pois ele já foi derrotado. O demônio é que tem de ter medo de você, e a razão é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado a nós. Ele tenta nos enganar de várias maneiras, mas tem uma técnica que ele usa frequentemente para nos atacar: é o desânimo, o desencorajamento. O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de ir em frente. Vamos olhar para São Pio de Pietrelcina. Quando um analista do Vaticano disse que ele era um psicopata, este santo entrou numa crise tremenda. Ele olhou para seus estigmas e se questionou se tudo era falso. Madre Teresa de Calcutá, no seu leito de morte, também viveu uma grande crise ao sentir o amor de Deus longe dela. O bispo teve de enviar um exorcista até ela e convencê-la de que aquele sentimento não vinha de Deus. É muito normal que também nós vivamos esses momentos de crise. Seguir Jesus num momento de entusiasmo é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. O inimigo virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansiedade, tristeza. É nosso papel lutar contra essas táticas que ele usa para nos desanimar. A tática que ele também utiliza é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim. O maligno diz que por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. Muitas vezes nós pensamos que as tentações são somente relacionadas ao sexo, à raiva, aos sentimentos de ódios. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus. O inimigo faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo que elas pertenciam a Ele [Jesus]. A tentação do inimigo a Cristo era muito atraente. O Pai dizia para o Filho ir para a cruz e o inimigo pedia que Ele desobedecesse ao Pai e tomasse posse daquelas cidades. Mas Nosso Senhor Jesus Cristo diz: “Afasta-te de mim, satanás. Eu adoro somente ao Pai”. Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante da Eucaristia, porque ela é sinal de humildade. Jesus quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o inimigo é o Sacramento da Confissão. Este sacramento é mais poderoso do que a própria oração do exorcismo. Momentos de desânimo podem acontecer em nossas vidas. Quando isso acontecer se agarre a Virgem Maria. Um jovem teve uma visão na qual ele precisava construir uma barco para atravessar o oceano. Enquanto ele construía este objeto as pessoas diziam que ele não iria conseguir e que ele não conseguiria vencer a fúria do mar. Até que aquele rapaz terminou de construí-lo e começou a remar em direção à longa jornada no oceano. Mas um amigo disse a ele: “Meu amigo, tenha coragem. Seja forte!” E aquele jovem olhou somente para aquele homem que estava dando força para que ele continuasse. E toda vez que ele sentia o desânimo se aproximar ele se lembrava daquelas palavras do amigo. Muitos poderão nos chamar de doidos, de loucos, mas há uma Maria que está gritando em nossos ouvidos: “Boa viagem! Não tenhais medo do inimigo. Não desanimem porque a vitória é nossa. Uma vez que Jesus Cristo derrotou o inimigo, com o Senhor nós também o derrotaremos.” A Santíssima Virgem Maria nos diz hoje: “Eu estarei com vocês. Não tenham medo. Vão em frente. Vocês serão vencedores!” Rogue pela intercessão da Mãe, clamando: Maria, nós cremos em Ti, porque Tu és nossa Mãe. Nenhuma mãe deixará o filho em perigo sem dar a ele uma mão, sem ajudá-lo. Maria, sabemos que Tu estás conosco, e por causa de Ti nos sentimos seguros. Nossa Senhora nos diz: “Faça tudo o que Ele lhe disser. Vá em frente. Não desanime! Lembre-se das palavras de Jesus: ‘Eu sou, porque nada é impossível para
aquele que crê’”.

Paz e bem. Maria Cunha

Fonte: Frei Elias Vella - Canal de Formação - cancaonova.com

terça-feira, 18 de agosto de 2009

VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR SOBRE O ROTEIRO DA MISSA? LEIA A SEGUIR UMA VISÃO GLOBAL DA CELEBRAÇÃO!



A maioria dos católicos não sabem que a Missa da qual participam hoje, por exemplo, aqui em Hamburgo - norte da Alemanha - é a mesma Missa que é celebrada em Roma, no Brasil,nos Estados Unidos, no Alasca, na África, etc.

O livro chamado “Diretório Litúrgico” informa quais as leituras a serem feitas todos os dias do ano. Este livro está presente em todas as igreja, capelas, santuários, pequenos ou grandes, do mundo todo. Assim, a Missa só terá com um “tema” diferente do restante do globo terrestre, se, por exemplo, a igreja do seu bairro estiver celebrando a Missa do Padroeiro da sua Cidade, Estado, País ou Continente ou por algum outro motivo litúrgico.

É muito bom sabermos que todas as leituras, o salmo e as orações que o padre reza são as mesmas em todo o mundo. Assim, a oração coleta, o Evangelho, a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura, etc, que você ouve no domingo, por exemplo, vão ser também ouvidas por um católico que esteja do outro lado do globo terrestre. Esta é a beleza da nossa Igreja, que faz com que sejamos “um só rebanho em torno de um só Pastor”!

Não se esqueça de que a Santa Missa é a Celebração de um Sacrifício único, ou seja, a celebração do Sacrifício do Calvário (na Celebração Eucarística repetimos o único Sacrifício de Jesus; é como se estivéssemos lá no Calvário aos Seus Pés - e realmente estávamos, pois sempre existimos no pensamento de Deus desde toda a eternidade).

A seguir uma breve explicação da Santa Missa, tenho certeja que todos irão gostar e passará a ver a Santa Missa com mais fevor.

R O T E I R O D A M I S S A

UMA VISÃO GLOBAL DA CELEBRAÇÃO


Missa ou Ceia do Senhor: é o banquete do reino de Deus, onde o Pai reunirá os amigos que aceitaram seu convite, ou seja, aqueles que crêem em Jesus. Lembrem-se na hora da Comunhão, quando o Padre diz: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!”. Também celebramos junto com toda a comunidade o Mistério de Deus.

Domingo, Dia do Senhor. É o dia da Missa obrigatória, onde os cristãos devem reunir-se para ouvirem a Palavra de Deus e participarem da Eucaristia e assim lembrarem-se da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor Jesus. A Igreja é a casa do Senhor. Na entrada há sempre um tapete, onde limpamos os nossos pés para não levarmos sujeira para dentro da Igreja. Nada de balas, chicletes, biscoitos e etc.... Lá no altar está o Sacrário, lugar onde fica o corpo de Jesus. A luz vermelha acesa é o sinal da presença de Jesus, por isso quando passamos pelo altar fazemos sempre o gesto da genuflexão, que é um gesto de adoração ao Senhor. A genuflexão é o gesto onde dobramos o joelho direito até tocar o chão.

Quando ouvimos o sino tocar é porque vai começar a Celebração, mas também anuncia que deve cessar a oração individual para começar a oração oficial da Comunidade. O certo é irmos à Igreja um pouco antes de a Missa começar, para nos colocarmos em clima de oração. Dificilmente consegue orar quem chega atrasado e se põe junto à porta de entrada, de onde fica “espiando”.

RITOS INICIAIS

Monição Ambiental – Aqui o Comentarista convida toda a assembléia a participar da Celebração. Pede a todos que, de pé, recebam o Presidente da Celebração que é o Padre com o canto de entrada.

1 . Canto de Entrada(De pé) – Durante o canto de entrada o Padre acompanhado dos coroinhas ou de outro agentes de pastorais dirige-se para o altar, faz a genuflexão e beija o altar em sinal de veneração.Este beijo é para Jesus.

2. Saudação (De pé)- Após beijar o altar o Padre dirige para as cadeiras, que ficam diante do altar e faz a acolhida e a saudação com sinal da cruz.” Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esta expressão tem um sentido bíblico que significa que estamos iniciando a missa colocando a nossa vida e todas as nossas ações nas mãos da Santíssima Trindade. A saudação é um gesto humano como educação e um gesto divino, pois Jesus costumava saudar as pessoas, desejando-lhes paz.Logo após o sinal da cruz, O Padre voltado para o povo saúda-o com uma fórmula escolhida para o dia; uma das mais conhecida é: “ A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco.” Todos respondem:
“Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.”

3. Ato Penitencial (De pé)- Aqui somos convidados para o arrependimento de nossos pecados. É um convite para cada um olhar para dentro de si, reconhecer e confessar seus pecados, esquecendo os pecados dos outros. O arrependimento deve ser sincero, é um pedido de perdão que parte do coração, com um sentido de mudança de vida. No Ato Penitencial leva-se em conta somente as faltas leves, pois os pecados graves necessitam de uma confissão sacramental pessoal.

4. Hino de Louvor (De pé) - O Glória é um hino de louvor à Santíssima Trindade. Louvamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, expressando a nossa alegria de filhos de Deus. È um hino de alegria. Não se diz em dias de semana porque perderia o seu sentido de festa e solenidade.Vem logo depois do Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos. É um hino dos mais antigos e das mais perfeitas formas de louvor. É cantado ou recitado nas Missas solenes ou nas festas dos santos. Não se diz o Glória na Quaresma e no Advento, porque não são tempos próprios de se expressar alegria.

5. Oração “Coleta” (De pé) - Vem de coletar mesmo. Ela quer reunir, numa só oração, todas as orações da Assembléia, por isso ela começa com “Oremos”. É o momento para que todos os presentes se coloquem em oração. Esse “Oremos” é seguido de uma pausa, para que durante esse tempo de silêncio cada pessoa faça mentalmente a sua oração pessoal. Neste instante o Padre está elevando a Deus todas as intenções dos fiéis.

Neste momento encerram-se os Ritos Iniciais e inicia-se a primeira, dentre as duas partes de destaque, da Missa: a Liturgia da Palavra. A 2ª parte de destaque é a Liturgia Eucarística. A Liturgia não é só uma oração. É também uma escola para a vida cristã.

LITURGIA DA PALAVRA

Após o “Amém” da Oração da Coleta, a comunidade senta-se. Mas primeiro deve esperar o Padre dirigir-se à sua cadeira. Só depois que o Padre sentar-se é que toda a Assembléia pode sentar-se. É uma norma de “educação litúrgica”. A Liturgia da Palavra é uma preparação para a Eucaristia, que junto com a Liturgia Eucarística se completam, pois como já dizia Santo Agostinho: “A Palavra de Deus não é menos importante que o Corpo de Cristo”. A Palavra de Deus merece o máximo de respeito. Não é apenas para ser lida, mas proclamada e anunciada com o poder do Espírito Santo. Nesse momento toda a Assembléia deve manter-se de modo respeitoso, ou seja, sem distração com conversas ou outro tipo que não combine com o nobre exercício desse ato.

6. Monição e Proclamação da 1ª Leitura (Sentados) – Após um breve comentário sobre o texto a ser lido, inicia-se a Primeira Leitura, em geral, tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da Salvação, que tem sua origem no começo da humanidade. Dizemos em geral, porque há exceções, às vezes é de outro Livro, como dos Atos dos Apóstolos. Abrange a História de Israel, que é o povo mais antigo existente até hoje, englobando também toda a história do Cristianismo.
Precisamos conhecê-lo para entender a história de nossa Salvação e vermos o longo caminho andado até a chegada do Messias. Jesus mesmo nos fala que veio, não para abolir o Antigo Testamento mas cumpri-lo.(Mt 5,17)

7. Salmo Responsorial (Sentados)- Após a Primeira Leitura. É uma espécie de eco ou resposta à mensagem proclamada. Alguém chamou esse Salmo de “oração” da Leitura. Sua mensagem está diretamente ligada ao tema da Primeira Leitura ajudando ainda a Assembléia a rezar e a meditar na Palavra de Deus que acabou de ser proclamada. Pode ser cantado ou recitado.

8. Monição e Proclamação da 2ª Leitura (Sentados) - Também possui um breve comentário sobre o texto a ser lido, tirada do Novo Testamento. Em geral é uma carta, e carta é uma correspondência entre duas ou mais pessoas que exige uma resposta. As Cartas ou Epístolas da Bíblia Sagrada foram escritas pelos Apóstolos. Eles também pedem uma resposta de nossa parte.

Como disse São Gregório: “A Bíblia é a carta de amor de nosso Pai. E, muitas vezes, nós a deixamos fechada no envelope”. A Segunda Leitura também pode ser tirada de outro Livro, que pode ser dos Atos, do Apocalipse ou de outro Livro. Alguns chamam a Segunda Leitura de “Leitura do Apóstolo”, porque seja das Cartas, dos Atos ou do Apocalipse, é sempre escrita por um Apóstolo.
Estamos falando das Missas dominicais ou das Missas de dias festivos. Nas Missas do meio da semana, só há uma Leitura e o Evangelho. Então não há a chamada Segunda Leitura.

9. Monição, para o Evangelho – Terminada a Segunda Leitura, todos permanecem sentados para um breve comentário do Evangelho. A monição convida e motiva toda a Assembléia a ouvir o Evangelho.

10. Canto de Aclamação e Proclamação do Evangelho – Aqui toda a Assembléia deve estar de pé para o canto de Aclamação. Jesus o Mestre dos mestres, não poderia ter deixado de falar em parábolas. Sua palavra cheia do Espírito e de sabedoria, por si só atraía multidões. Mais ainda porque usava de parábolas ou comparações tiradas da vida do seu povo. E quando falava, Jesus costumava se colocar num lugar mais elevado para ver e ser visto pela multidão, fosse num barco ou num pequeno monte. Assim deve ser ainda hoje, quando se proclama a Boa Nova em nossas Missas. Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. O Padre ou o Comentarista proclama o Evangelho, junto da estante, num lugar mais elevado, para ser visto e ouvido claramente por todos. Essa palavra, solenemente anunciada, não pode estar “dividida” com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar daquilo que mais nos interessa. O Canto de Aclamação é uma espécie de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar. Na Quaresma e no Advento o Canto de Aclamação não tem “Aleluia”. O Evangelho, como Mensagem de Salvação, é um só. Mas foi escrito por quatro evangelistas. Por isso falamos que há quatro “Evangelhos”: o de Mateus, o de Marcos, o de Lucas e o de João. Mateus e João faziam parte do grupo dos doze Apóstolos. O simples anúncio do Evangelho já é, em si, uma graça de Deus. Mais ainda se for vivido. Jesus disse: “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. (Lc 11,28)

11. Homilia(Pregação)(Sentados) – Trata-se da interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico,geralmente tirada das leituras do dia. Quem faz a homilia fala oficialmente em nome da Igreja, movido pelo Espírito Santo. O Padre é esse “homem de Deus”. Na homilia, ele “atualiza” o que foi dito há dois mil anos. Diz o que Deus está querendo “hoje” com aquela mensagem proclamada àquela comunidade ali presente. E os fiéis não devem levar em conta a pessoa do Padre, em si, com seus defeitos, mas o próprio Jesus, que disse a seus discípulos: “Quem vos ouve, a mim ouve; a quem vos rejeita, a mim rejeita”. (Lc 10,16)Sempre deve haver a homilia, mesmo que seja numa Missa simples.

12. Profissão de Fé(Credo)(De pé) – Um dos momentos mais belos da Liturgia da Palavra. Ao recitar em voz alta “Creio em Deus Pai”, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.É como um juramento público. É uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, na medida em que forem se espalhando pelo mundo. É sempre bom recitarmos o “Creio”, mesmo fora das Missas,pois ele tem o poder de afugentar o Maligno, assim como o “Sinal da Cruz”,feito com fé. Há dois textos diferentes: o Símbolo Apostólico, porque vem do tempo dos Apóstolos, sendo o mais curto e o mais recitado nas Missas. O outro chamado de Símbolo Niceno-Constantinopolitano, levando este nome porque surgiu do Concílio de Nicéia, no ano de 325, e do Concílio de Constantinopla, no ano de 381. A ele foi acrescentado algumas palavras afirmando que o Espírito Santo é verdadeiro Deus, como por exemplo: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Este símbolo é recitado apenas alguns domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus.Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.É como um juramento público. É uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, na medida em que forem se espalhando pelo mundo. É sempre bom recitarmos o “Creio”, mesmo fora das Missas, pois ele tem o poder de afugentar o Maligno, assim como o “Sinal da Cruz”,feito com fé. Há dois textos diferentes: o Símbolo Apostólico, porque vem do tempo dos Apóstolos, sendo o mais curto e o mais recitado nas Missas. O outro chamado de Símbolo Niceno-Constantinopolitano, levando este nome porque surgiu do Concílio de Nicéia, no ano de 325, e do Concílio de Constantinopla, no ano de 381. A ele foi acrescentado algumas palavras afirmando que o Espírito Santo é verdadeiro Deus, como por exemplo: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Este símbolo é recitado apenas alguns domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus.

“Creio em Deus Pai”, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática. É como um juramento público. É uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, na medida em que forem se espalhando pelo mundo. É sempre bom recitarmos o “Creio”, mesmo fora das Missas,pois ele tem o poder de afugentar o Maligno, assim como o “Sinal da Cruz”,feito com fé. Há dois textos diferentes: o Símbolo Apostólico, porque vem do tempo dos Apóstolos, sendo o mais curto e o mais recitado nas Missas. O outro chamado de Símbolo Niceno-Constantinopolitano, levando este nome
porque surgiu do Concílio de Nicéia, no ano de 325, e do Concílio de Constantinopla, no ano de 381. A ele foi acrescentado algumas palavras afirmando que o Espírito Santo é verdadeiro Deus, como por exemplo: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Este símbolo é recitado apenas alguns domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus.

13. Oração dos Fiéis

Preces da Comunidade(De pé) - Aqui encerra a Liturgia da Palavra. Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Nela o povo suplica por todos os homens, principalmente pela salvação de todo o mundo, pelos que sofrem qualquer necessidade, pela igreja, e pela comunidade local. Nesta oração o Concílio permite maior criatividade para introduzir nas Missas algo que interesse à comunidade, que toque à vida de seus participantes, em outras palavras, a Missa é um ato litúrgico de uma Igreja “viva”, concreta encarnada, que enfrenta os problemas reais do dia a dia, por isso esta liberdade, possibilitando que a fé expresse algo vivencial.Em algumas Missas leigos o cristão leigo pronuncia seu pedido em voz alta,exercendo o “sacerdócio comum”, celebrando a Missa juntamente com o Sacerdote, ele é co-responsável na Igreja, assumindo com alegria e
responsabilidade aquilo que é do interesse de sua comunidade. A Paróquia é uma comunidade viva, que tem na Missa o seu ponto mais elevado. Nessa oração a Liturgia deve ter a força de converter os que duvidam e fortalecer os que vacilam. Em geral, as preces terminam com um apelo à comunidade, como este: “Rezemos ao Senhor!”. Ao que a Assembléia responde, mais ou menos assim:”Senhor, escutai a nossa prece!”. Todos ficam de pé, pois é a posição própria do orante; assim rezavam os primeiros cristãos.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Somente ao iniciar esta segunda parte, após a Oração dos Fiéis, o Padre e os Ministros levantam-se de suas cadeiras e dirigem-se ao altar a fim de preparem as oferendas. O altar representa a mesa da Ceia.

Ceia e Sacrifício: entramos no espírito da Liturgia Eucarística onde o pão é repartido para muitos irmãos. A Eucaristia reúne duas coisas: como Sacramento, renova a Ceia Pascal; e como Sacrifício, renova o ato redentor de Cristo na Cruz. Pois, na Ceia, Jesus deu aos discípulos o seu sangue que ia ser “derramado” pela redenção da humanidade. Daí a íntima ligação da Eucaristia com o Sacrifício de Jesus. A Missa, porém, mesmo como Sacrifício, não tem aquele sentido de “morte”, próprio dos sacrifícios dos pagãos. Ela é o “Sacrifício de Louvor” do Cristo Ressuscitado que venceu a morte. A palavra Eucaristia quer dizer “ação de graças”. É a intervenção divina que provoca em nós a “exultação da vida”. É Deus vivo que passa por nós, toca nossa vida com sua graça, arrastando-nos para Si e provocando em nós uma verdadeira “festa”. E essa alegria imensa nos leva a dar graças e a louvar a Deus. Esse é o sentido original da “Eucaristia”.

Preparação das Oferendas

14. Canto e Procissão das Oferendas,Apresentação do pão e do vinho,Padre lava as mãos (Sentados) – Durante a procissão das ofertas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas são o pão e o vinho. Antigamente os cristãos traziam de suas casas o pão a ser consagrado. Hoje esse sentido de “trazer” fica simbolizado pela Procissão das Ofertas. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas,
significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. A coleta em dinheiro é o fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis. Nossa oferta não deve ser uma “esmola”. Deus não é mendigo: é o Senhor de nossa vida. Ele merece nossa gratidão, em sinal de retribuição a tantos benefícios que dele recebemos. É um gesto que deve representar nosso desapego e nossa libertação. Outra condição para Deus aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz com nossos irmãos. A fé não pede apenas a minha comunhão com Deus, mas também com os irmãos. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé não traz apenas pão e vinho mas, no pão e no vinho, oferece a sua vida. Deus pega nossa oferta e a transforma em “pão da vida e vinho da salvação”. No Rito do Pão e do Vinho o Sacerdote mistura algumas gotas de água no vinho simbolizando a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua Encarnação, Jesus assumiu a nossa condição humana e reuniu em Si,Deus e o Homem. E, assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só Corpo com Ele. O povo pensa que a bênção é sempre alguma coisa que desce de Deus para os homens. Mas não é só isso. No sentido bíblico, a bênção pode subir dos homens para Deus, em forma de louvores e ação de graças. Abençoar é bendizer. Então o homem bendiz e abençoa a Deus,porque em vão seria o seu trabalho de semear e cultivar a terra, se Deus não fizesse a semente nascer e a planta crescer.Antigamente a comunidade levava para o altar outras ofertas como alimentos e outros objetos que poderiam sujar as mãos do Padre. Por isso,ele lavava as mãos. Hoje, além da purificação das mãos, tem também o sentido de uma purificação espiritual do ministro de Deus. Por isso, ao lavar as mãos, o Padre ora em voz baixa: “Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado”. (Sl 50,4). O Sacerdote não está junto do altar como alguém que intercede por um povo passivo. A oração deve partir também da comunidade, que se constitui numa “Assembléia celebrativa”. Por isso, o Padre se volta para o povo e faz um convite à oração.

15. Convite à Oração (De pé)- “Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso!”. E a Assembléia responde: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja”. Veja que, em primeiro lugar, está a glória de Deus.

16. Oração sobre as Oferendas(De pé) – A finalidade dessa oração é colocar nas mãos de Deus os dons que trouxemos para o santo Sacrifício, como já vimos nas orações
anteriores. É um modo de insistir na mesma coisa diante de Deus.

Oração Eucarística ou Anáfora

Terminada a parte do Ofertório, inicia-se a Oração Eucarística com o Prefácio e que vai até as palavras: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”, antes do Pai Nosso. Entramos no “coração” da Celebração, que é o Mistério da presença real de Jesus no pão e no vinho consagrados. Não é “mais uma oração” da Missa, mas a Própria Missa. Para isso é que fizemos toda essa purificação de vida. Todo respeito ainda é pouco para entrarmos no “santo dos Santos” da Celebração.

17. Prefácio e Santo (De pé)- Começa o diálogo que nos introduz no Prefácio: “ O Senhor esteja convosco!”. Esse diálogo é sempre o mesmo em todos os tempos do Ano Litúrgico. Em seguida vem o Prefácio, que é variável. Há um ou mais para cada tempo da Liturgia. O Prefácio é um hino de “abertura” que nos introduz no Mistério
Eucarístico. Por isso o Padre convida toda a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo: “Corações ao alto!”. É um hino que proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor. O final do Prefácio é sempre igual. Quando cantado, mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve permanecer o mesmo. A repetição, dizendo três vezes “Santo”, é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse que Deus é “Santíssimo”. É uma preparação para receber o Corpo do Senhor em nossa boca.

18. Oração Eucarística Invocação do Espírito Santo (De pé) – Momentos antes da Consagração, o Padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os Santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo.

Narrativa da Ceia (De joelhos ou de pé) – Aqui o Padre recorda o que Jesus fez na Ceia e pronuncia as palavras da Consagração: “TOMAI, TODOS, E COMEI (BEBEI)...

Consagração do pão e do vinho
(De joelhos e de pé) - No momento da Consagração, a Assembléia deve ajoelhar-se e
levantar-se logo em seguida. Após a Consagração do pão, “TOMAI, TODOS, E COMEI....”
,o Padre faz uma genuflexão para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento. O mesmo ele faz após a Consagração do vinho, “TOMAI, TODOS, E BEBEI...”.

O texto em letras maiúsculas constitui propriamente a Consagração. Aí é que o pão e o vinho se mudam no Corpo e no Sangue do Senhor. Nessa hora deve haver silêncio total. Nada de“fundo musical”. Ressalta-se para a ordem dada por Jesus no final da Ceia: “Fazei isto em memória de mim!”. A Igreja celebra a Missa não só porque é um ato de piedade bom e bonito, mas para cumprir a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.

Eis o Mistério da Fé(De joelhos ou de pé) – Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê. A presença real de Jesus no Pão e no Vinho
consagrados é o Mistério dos mistérios. O Padre o apresenta à Assembléia à maneira de um desafio à fé: “Eis o mistério da fé!”.

Lembra Morte e Ressurreição de Jesus,
Orações pela Igreja e Louvor Final (Por Cristo.....) (De pé) - A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos, teve origem na Ceia Pascal Hebraica (dos judeus). Na noite da partida do Egito, os judeus, que trabalhavam como escravos,
fizeram a Ceia Pascal. Páscoa quer dizer “passagem”. Aqui, é a passagem do Senhor como Libertador. Ele vai passar e nos libertar da escravidão e da morte. Aqui é o Deus vivo, que passa, arrasta e liberta com mão forte, dando um novo sentido à vida. Não se trata do deus morto dos pagãos. A Eucaristia deve ser celebrada com alegria. Mais que a Ceia Hebraica, ela tem sentido de “ação de graças”, de exultação plena da vida diante do infinito amor que Jesus manifesta em nós. A Páscoa dos judeus é o “memorial” da saída do Egito, celebrada como a maior festa de Israel. A Eucaristia é o “memorial” de Cristo Ressuscitado, libertador do pecado e da morte. Tanto é que, na Ceia, o Senhor disse aos Apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”. (Lc 22,19). E esta “memória” não é só a recordação da Ceia, mas da vida, da mensagem, da morte e da Ressurreição do Senhor. É o testamento global de seu amor por nós.A Igreja é comparada a um corpo: o “corpo místico de Cristo”. Com efeito o corpo é um e, apesar de ser um, tem muitos membros. Assim acontece com Cristo, Pois fomos batizados todos
num só Espírito para ser um só corpo: judeus e gregos, escravos e livres, todos recebemos um só espírito. (1 Cor 12, 12-13 e 27). Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus. A primeira oração é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano porque eles têm maior responsabilidade na Igreja. São os pastores do rebanho. Sua missão é ensinar,santificar e governar o Povo de Deus. Por isso a comunidade deve orar muito por eles. Rezamos pelos mortos porque é um ato de caridade. Os mortos de hoje foram os vivos de ontem, e os vivos de hoje serão os mortos de amanhã. E todos juntos somos uma só Família. Finalmente pedimos por nós mesmos como “povo santo e pecador”, a fim de que um dia estejamos reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem-aventurados no céu, para com ele louvarmos e bendizermos a Deus.Jesus é nosso “Redentor”. É aquele que paga o preço do resgate
e readquire o que estava perdido. Na nossa redenção, o preço do resgate foi o sangue redentor de Jesus. Ele intercede com sua vida, morrendo por nós. Ele apenas não promete a salvação: Ele “é” a Salvação. Ele dá a vida por nós de modo consciente e livre, como gratuidade do seu amor. Este é o resgate. Não há sob o céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Aliás, “Jesus” quer dizer “Deus salva”. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele mesmo disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim”. Por isso encerramos a grande Oração Eucarística, proclamando solenemente: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo......”

Rito da Comunhão

19. Pai Nosso e oração seguinte,Saudação da Paz e a Fração do Pão (De pé)- O Pai-Nosso não é uma simples fórmula de oração nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos. Essa belíssima oração é uma síntese do Evangelho. É uma oração de sentido comunitário e não individualista. Mesmo quando rezamos sozinho, estamos incluindo nessa oração todos os meus irmãos. Pois dizemos Pai “Nosso” e não Pai “meu”. Venha “a nós” o vosso Reino e não venha “a mim”; Digo o pão “nosso”, não o pão “meu. É impossível alguém rezar o Pai-Nosso somente para si. Com o Pai-Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Portanto, para eu comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em “comunhão” com meus irmãos, que são os membros do Corpo Místico de Cristo. No Pai-Nosso, Jesus nos ensinou a pedir: “Venha a nós o vosso Reino”. Devemos afastar o egoísmo com todas as suas formas de manifestação: o orgulho, a vaidade, a falsidade, a mentira, o ciúme, a discórdia, o ódio, a vingança. O perdão das ofensas é o “coração” do Evangelho. Sem a prática da misericórdia, ninguém entra no céu. Quem reza o Pai-Nosso e não perdoa as ofensas recebidas, está pedindo a própria condenação, pois ele diz a Deus: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. A Comunhão é a hora sagrada da Missa. Como poderá cada um tomar a sua Hóstia e sair para o seu cantinho, alimentando ciúme, inveja, mágoa, revolta e inimizade? Será que existe um Deus para cada um. Não seria isto destruir o sentido da Eucaristia, que é o “ Pão da unidade fraterna?”

A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. A paz foi o que Jesus deu aos Apóstolos como presente de sua Ressurreição.Logo que ressuscitou dos mortos, o Senhor foi ao encontro deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”. Após o Pai-Nosso, o Padre reza uma oração, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz. Terminada a saudação da paz, o Padre parte a Hóstia grande pelo meio. É o que se chama “Fração do Pão”.Este gesto vem desde os tempos da Igreja primitiva, pois naquela época era uma necessidade. Os cristãos traziam de suas casas o pão para ser consagrado. Pão grande, que na hora da comunhão era partido em pedaços, num belíssimo sinal de fraternidade. Hoje as Hóstias são pequenas para cada pessoa e não há necessidade de partir. Partir a Hóstia pelo meio lembra duas coisas: que Jesus partiu o Pão e o deu aos discípulos na Ceia e que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus no momento em que partiram o pão em sua casa.Felizes os Convidados (De pé)- Neste encontro fala-se do Corpo do Senhor, que é apresentado a todos os que desejam recebê-lo. Logicamente que só poderão recebê-lo aqueles devidamente preparados, isto é, em estado de graça ou em paz com Deus e seus irmãos. O Corpo de Cristo não é apenas um objeto de respeito, mas o próprio Deus Vivo. Quem ousará recebê-lo em pecado grave? Enquanto o Padre coloca dentro do cálice um pedacinho da Hóstia, ele reza em voz baixa para que aquela união do Corpo e do Sangue do Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna. Ao mesmo tempo, a Assembléia recita ou canta o “Cordeiro de Deus”. Embora no Ato Penitencial todos já se tenham purificado, ao aproximar-se o momento da Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma diz, dizendo: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo.....”
Enquanto isso o Sacerdote se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para sua salvação. Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Padre levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembléia, dizendo: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor”.

A Assembléia responde:

“ Senhor eu não sou digno que entreis em minha morada...” Esta resposta da comunidade é tirada da resposta que aquele oficial romano, o centurião, deu a Jesus. Mt 8,8). Na verdade ninguém é digno de comungar. É só por bondade de Jesus que Ele vem até nós. Por isso, nós nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade. A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da libertação de todo o mal. Tanto no Antigo como no novo Testamento, Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro”. (Is 53,7)

Comunhão(Sentados.A Eucaristia é esse tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Rei dos reis, para alimento de vida eterna.Quem comunga deve meditar um pouco nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. Não pode comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Nem convém ir rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro de sua atenção e piedade, sobretudo nessa hora. Comunga-se na frente do Padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e comungar andando.Para comungar é preciso estar na graça de Deus (sem pecado grave)e em jejum (sem comer e sem beber bebida alcoólica uma hora antes da comunhão). Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, compete a cada Bispo determinar em sua Diocese. Deveria ser dada a comunhão da Hóstia e do vinho, mas se dá só a Hóstia por uma questão prática, pois seria difícil dar a todos o Vinho Consagrado. Lembrem-se, porém, que na Hóstia está o Cristo inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e divindade. A comunhão é o “banquete divino”. Por isso ficamos sentados, pois é a posição de quem está à mesa da refeição. Terminada a Comunhão do povo,convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de graças. Mas não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém.

20. Oração após a Comunhão (De pé)- Logo após a ação de graças todos se levantam para a Oração proferida pelo Padre. Geralmente começa com “Oremos....”

RITOS FINAIS

Terminada a Oração, então sim, podem-se dar avisos e fazer convites. Se for coisa breve, a Assembléia pode ouvir de pé. Caso contrário, pode sentar-se.

21. Vivência (De pé) - Monição final. Um breve comentário e sugestões de gestos concretos de acordo com a Liturgia do dia. A critério da Equipe de Liturgia.

22. Bênção Final e Despedida (De pé) - Antes da Bênção, o Padre saúda a Assembléia, dizendo: “ O Senhor esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de nós”. Ao dar a bênção, o Padre traça uma cruz sobre a Assembléia, e todos podem inclinar a cabeça. Chamamos a atenção para a importância da bênção de Deus dada solenemente na Missa. Muita gente não toma consciência de que essa bênção é para si. Fica distraída. E, acabada a Missa, vai à sacristia e diz: “Padre, o senhor pode dar uma bênção para o meu menino?” Ora, para quem foi então dada aquela bênção solene que acabou de ser dada na Missa? Não foi para aquela mãe com seu filho? Sabemos que cada um gosta de ser tocado pessoalmente. Quer que o Padre coloque as mãos sobre sal cabeça e lhe diga, uma palavra só para si. Tudo bem. É um direito que tem. E não custa nada o Padre abençoa-lo. Mas é preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da Missa. Ela é para cada pessoa que está ali. Que cada um se coloque pessoalmente sob aquela bênção, com seu nome e sua vida. Outra coisa: é feio ir saindo da Igreja antes da bênção final. A Missa termina com a bênção. Em seguida vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa. Como norma de “educação litúrgica”, não se retira nem se conversa enquanto o Padre estiver no altar. Somente após sua saída do altar é que podemos nos retirar.

Para entender melhor por que a Igreja é: É UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA?

A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as divisões.

A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo seu Esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é “imaculada (feita) de maculados” (”ex maculatis immaculata”). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria ela é toda santa.

A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; “ela é, por sua natureza, missionária”.

A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: “Os doze Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,14); ela é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa através de Pedro e dos demais apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.

“A única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos unia, santa, católica e apostólica,… Subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora fora da sua estrutura visível se encontrem numerosos elementos de santificação e de verdade”.

A IGREJA NO DESÍGNIO DE DEUS

A palavra “Igreja” significa “convocação”. Designa a assembléia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo.

A Igreja é ao mesmo tempo caminho e finalidade do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus Cristo, realizada pela sua Cruz redentora e Ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembléia de todos os resgatados da terra.

A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério.

A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens.

A IGREJA - POVO DE DEUS, CORPO DE CRISTO, TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

“Cristo Jesus entregou-se a si mesmo por nós a fim de remir-nos de toda iniqüidade e para purificar um povo que lhe pertence” (Tt 2,14).

“Vós sois uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa, o Povo de sua particular propriedade” (1Pd 2,9).

Ingressa-se no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo. “Todos os homens são chamados a fazer parte do Povo de Deus”, a fim de que, em Cristo, “os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus”.

A Igreja é o Corpo de Cristo. Pelo Espírito e pela ação deste nos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, Cristo morto e ressuscitado constitui a comunidade dos crentes como seu Corpo.

Na unidade deste Corpo, existe diversidade de membros e de funções. Todos os membros estão ligados uns aos outros, particularmente aos que sofrem, são pobres e perseguidos.

A Igreja é este Corpo do qual Cristo é a Cabeça: ela vive dele, nele e por ele; ele vive com ela e nela.

A Igreja é a Esposa de Cristo: ele amou-a e entregou-se por ela. Purificou-a com seu sangue. Fez dela Mãe fecunda de todos os filhos de Deus.

A Igreja é o Templo do Espírito Santo. O Espírito é como a alma do Corpo Místico, princípio de sua vida, da unidade na diversidade e da riqueza dos seus dons e carismas.

“Desta maneira aparece a Igreja toda como ‘o povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo’”.”

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Paz e bem!

Maria Cunha.

domingo, 16 de agosto de 2009

Renovação Carismática Católica - Como tudo começou




Em 25 de janeiro de 1959, o papa João XXIII, poucos meses depois de sua eleição, deixou o mundo surpreso, ao anunciar e convocar o Concilio Ecumênico Vaticano II. “Renova nestes dias as tuas maravilhas, como de um novo Pentecostes”, invocou o papa João XXIII, na abertura do Concílio. De fato, o Concílio foi uma volta ao Cenáculo, local onde os apóstolos haviam vivido as maravilhas operadas pelo Espírito Santo, pois a partir daquele dia, “os ossos áridos” de que fala o profeta Ezequiel, “moveram-se de volta à vida”.

O papa João XXIII morreu antes do fim do Concílio em 1963; seu sucessor, Paulo VI continuou os trabalhos até o encerramento, solenemente realizado em 8 de dezembro de 1965.

Não havia passado um ano do término do Concílio, quando despontou o fenômeno religioso que agora é chamado “ Renovação Carismática Católica ”.
No outono de 1966, na Universidade de Duquesne (EUA), vários professores, estudantes, religiosas e sacerdotes católicos, reuniam-se frequentemente para momentos de oração fervorosa. Eram pessoas que há muitos anos dedicavam-se ao serviço de Cristo, mas que no fundo sentiam um vazio, como se lhes faltasse algo. Surgiu então uma pergunta: "Como é possível que estejamos tão longe da experiência da realidade do Espírito Santo ? Por quê não vemos mais os sinais do poder do Senhor ?” Dão-se então conta de que o cristianismo não é uma filosofia, não é apenas adesão a um credo, mas é Vida, e Vida Sobrenatural, participação na própria vida de Cristo ressuscitado. E que esta vida é difundida em nossos corações pelo Espírito Santo.

Foi quando caiu-lhes nas mãos o livro A Cruz e o Punhal, de autoria de David Wilkerson, em que o autor fala de seu apostolado entre drogados de Nova York e conta como o Espírito Santo operou conversões e curas no meio daqueles jovens.
Conscientes de que a força dos cristãos primitivos estava na vivência do Espírito Santo no Pentecostes, aplicaram-se a ler e meditar os Atos dos Apóstolos, pedindo a Efusão do Espírito.

Reuniam-se para louvar o Senhor e os dons do Espírito Santo começaram a se manifestar, transformando suas vidas.
As reuniões foram se sucedendo e, de 17 a 19 de janeiro de 1967, um grupo de 30 pessoas realizou um retiro de fim-de-semana, o “retiro de Duquesne”: suas orações foram atendidas através da manifestação do Espírito Santo e da transformação interior de cada um. “Eu não creio no Pentecostes, eu o vi”, disse um dos participantes.

Muitos dos presentes sentiram em si uma vida nova, sentiram-se invadidos por uma profunda paz e alegria, um entusiasmo e um desejo incontido de dar testemunho de Cristo.

Em pouco tempo o movimento da Renovação Carismática Católica propaga-se em outras universidades americanas, no País inteiro, transpõe oceanos e alastra-se em quase todas as nações do mundo.

“João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo”. (Atos 1,5)
“E todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus”. (Atos 4, 31)

RENOVAÇÃO: Renovar;
CARISMÁTICA: Dons espirituais, Carismas. A Renovação Carismática Católica vem em auxílio das necessidades da Igreja.

É uma nova manifestação da misericórdia de Deus para com seus filhos.E dentro desse espírito de conversão total, passam a ter muita importância à participação na Eucaristia, a adoração do Santíssimo Sacramento, a devoção a Nossa Senhora com a reza do terço, a oração e os cânticos de louvor, de agradecimento e de pedido a Deus Trindade.
“O vento sopra onde quer - disse Jesus - e tu ouves a sua voz,mas não sabes de onde vem nem para onde vai; assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito” . (Jo 3,8).

Os frutos do Espírito Santo

Se o Espírito Santo colocou em nós as admiráveis disposições que são os sete dons (Ciência, Conselho, Entendimento, Sabedoria, Piedade, Fortaleza, Temor de Deus), foi para que déssemos muito fruto . “Eu vos escolhi e vos destinei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16), disse Jesus a seus apóstolos.
E esse fruto será tanto mais abundante e saboroso quanto mais docilmente o ramo se deixar podar e limpar pelo Vinhateiro Divino (Jesus), aceitando generosamente os pedidos que Ele nos fizer.
O primeiro fruto do Espírito Santo é a Caridade , que se traduz por um imenso amor ao Pai, amor esse que traz em si o amor ao próximo. “Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas aborrecer o seu irmão, mente” (1 Jo 4,20).

Dons de Serviço

“Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor”(1 Cor 12,5). Ao fazer esta afirmação, São Paulo coloca todos os ministérios – serviços – em submissão a Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja.
Deus chama cada um de seus fiéis a exercer um serviço específico dentro da sua Igreja, com a finalidade de cada vez mais edificar o corpo e a casa de Deus. Quantos são os ministérios? Tantos quantos se fizerem necessários para a evangelização de toda a humanidade.
Na Renovação Carismática Católica existem serviços relativos à sua espiritualidade específica, como a cura e a libertação, o aconselhamento, a profecia, entre outros. O termo “ministério”, portanto, é amplamente utilizado pela Renovação Carismática, para designar de uma maneira geral os mais diversos serviços pastorais. São estes alguns dos serviços mais comuns: ministério de cura, ministério de música, ministério de coordenação de grupos de oração, ministérios de servos de Seminário de vida no Espírito Santo, ministério de intercessão, ministério de pregação, ministério de evangelização, ministério de ensino. Ao exercerem seu ministérios, os servos participam do ministério de Cristo. “Ministério”, portanto, é um serviço prestado à comunidade com a capacitação dos carismas. Todos os cristãos têm todos os carismas do Espírito Santo na medida da necessidade da comunidade, mas exercem um ministério específico que depende mais de um carisma que de outro. Por exemplo, o ministério de cura necessita muito mais do carisma de cura; o ministério de profecia necessita do carisma da palavra da profecia; o coordenador do grupo de oração necessita da palavra de sabedoria e do discernimento, enquanto exerce a coordenação do grupo, além do carisma do amor para cuidar dos membros do grupo como o bom Pastor cuidou de suas ovelhas, e assim por diante. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor”(1 Cor 12,5). Ao fazer esta afirmação, São Paulo coloca todos os ministérios – serviços – em submissão a Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja. “Cada qual use o Dom recebido a serviço dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus” (1 Ped 4,10).
Grupos de Oração
" Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles". (Mt 18,20)

A característica dos Grupos de Oração é, portanto a espontaneidade, a liberdade, a originalidade e a simplicidade. E nem poderia deixar de ser assim, porque o Espírito Santo tem sempre coisas novas e diferentes a dizer e as necessidades da comunidade e de cada um não são sempre as mesmas.

Os participantes são pessoas de todas as idades e de toda condição social, que se encontram para rezarem juntos numa profunda união de mentes e de corações. Sentem que devem pôr-se à disposição do Espírito Santo que pode servir-se de cada um deles para manifestar suas maravilhas. Mas vão também para receber, apresentando-se como vasos vazios, prontos para escutar aquilo que o Espírito Santo tem a lhes dizer, conscientes de que cada encontro é um novo Pentecostes.

O desenrolar das diversas atividades abrange:
• a oração, sob várias formas: louvor, ação de graças, orações contemplativas, orações em línguas, petições de graças e de cura;
• os cânticos, que são formas de oração;
• o silêncio, como forma de entrar em conversa íntima e pessoal com Deus e de escutar o que Deus tem a dizer;
• o exercício dos dons carismáticos;
• a leitura da Bíblia;
• a instrução (ensino);
• os testemunhos ou partilhas, que edificam a comunidade.

A reunião do Grupo de Oração é uma ocasião de renovação espiritual. Não substitui a vida sacramental, mas leva a valorizá-la. Não é terapia de grupo, nem deve ser procurada com esta finalidade. É um estímulo à vida espiritual, à fé e a todas as formas pelas quais Deus vem e se manifesta a seu povo, transformando-o numa comunidade de amor.
O Grupo de Oração é constituído por um núcleo central que discerne a moção do Espírito Santo e que avalia e prepara cada reunião.
A Renovação Carismática Católica , portanto, é:
• Recriar a atmosfera espiritual das primeiras comunidades cristãs, para a qual o Espírito Santo não era uma abstração teológica, mas vida, força, orientação, entusiasmo.
• Redescobrir um tesouro oculto na alma desde o nosso Batismo: uma fonte de água viva que deve ser utilizada e aproveitada ao máximo;
• Descobrir Cristo vivo, íntimo, cujas palavras adquirem um significado novo e surpreendente;
• Reabastecer o coração com novas energias que se chamam paz, alegria, força, otimismo;
• Reencontrar o gosto pela oração e o amor pelos sacramentos;
• Viver uma vida de intimidade com Deus, sob a direção do Espírito Santo.

Grupo de Oração Identidade e finalidades

O Grupo de Oração é o principal serviço e expressão da RCC. Deve promover a experiência de Pentecostes, ou facilitar esta experiência para o fiel, e acompanhá-lo no caminhar espiritual. Daí ser o instrumento principal da RCC na promoção da experiência pentecostal na Igreja que chamamos de Batismo no Espírito Santo”.

Todos nós precisamos ter um Grupo de Oração, mesmo a pessoa que ocupa a mais alta função na RCC tem o seu Grupo de Oração, pois é isso que caracteriza o seu vínculo com o movimento eclesial e garante a originalidade de sua espiritualidade. Além disso, o Grupo de Oração nos permite crescer em comunhão e nos leva ao comprometimento com o próximo. As alegrias, as tristezas, os fracassos e as conquistas farão parte do interesse comum e o Senhor realizará ali a sua obra de amor. Como diria Jean Vannier em seu livro Comunidade Lugar do Perdão e da Festa: “Nós precisamos ter um povo e pertencer a um povo, a quem nos chamamos de meu povo”.

Mesmo com toda a simplicidade que o seu grupo possa ter, não importando a quantidade de participantes, se tem ou não um ministério de música, ele pode e deve ser este lugar onde se viva a graça da Renovação Carismática Católica, desde que se preserve, é claro, a sua originalidade.

O Grupo de Oração se caracteriza principalmente pela pregação querigmática da Palavra de Deus, o uso dos dons do Espírito Santo, o louvor, a oração e a fraternidade. A falta de um só desses ingredientes compromete seriamente o resultado da experiência que as pessoas precisam ter com Deus.

“O objetivo do Grupo de Oração é levar os participantes a experimentar o pentecostes pessoal, a crescer e chegar a maturidade da vida cristã plena do Espírito”.

Porém, é necessário lembrar que não há um modelo exato ou único de grupo de oração, pré-determinado. Existem muitas formas de um grupo atingir um nível de crescimento satisfatório, deve-se, no entanto, preservar as propriedades fundamentais de sua natureza católica e carismática

O pentecostalismo na RCC

Ao se falar de pentecostalismo constatamos em primeiro lugar que estamos diante de uma das palavras que mais sofre distorções em sua interpretação no meio religioso. Claro que todos nós sabemos o que significa, trata-se de uma expressão de oração onde a abertura ao Espírito Santo e às suas manifestações, são fortemente acentuadas.
As distorções começam quando ignoramos o princípio desse fenômeno espiritual e passamos a interpreta-lo a partir do conceito banal de boa parte do mundo protestante que utiliza os termos derivados do fenômeno pentecostal como denominação de muitas de suas seitas, principalmente daquelas que tem como principais características a histeria coletiva e o fundamentalismo bíblico. Na verdade, o princípio desse fenômeno mostra que o pentecostalismo é católico e não protestante. Está escrito na palavra de Deus, em Atos dos Apóstolos que, no cenáculo de Jerusalém, Pedro e seus amigos, reunidos com Maria, a Mãe de Jesus, receberam o Batismo no Espírito Santo juntamente com a efusão de seus carismas (Cf Atos: 1,13-14; 2ss). Este evento datou o início da igreja primitiva que hoje conhecemos como A Igreja de Jesus Cristo: Católica, Apostólica, Romana, da qual, por determinação da pré-ciente vontade de Deus, manifestada por Jesus, Pedro é o primeiro Papa.
“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mat: 16,18.
Temos de admitir, no entanto, que talvez não tenhamos valorizado tanto quanto os protestantes essa graça do Espírito Santo nos últimos séculos, mas nem por isso podemos incorrer no erro de não considerar que entre eles o Espírito Santo age segundo suas necessidades e segundo sua natureza própria de forma que ao buscar um avivamento pentecostal para nossos Grupos de Oração, imita-los pode ser a forma mais inadequada.

O que é Efusão do Espírito Santo

Nossa enquête sobre este tema identificou que 59% das pessoas gostariam de saber o que é efusão do Espírito, por essa razão, apresentamos esse breve esclarecimento.

Significado literal

A palavra efusão significa derramamento. A Renovação Carismática Católica, inicialmente, usava o termo “batismo no Espírito Santo” para definir a experiência pessoal com o Espírito Santo, característica principal do movimento. Essa experiência é marcada pelos sinais descritos na Palavra de Deus:

Acontecerá nos últimos dias - é Deus quem fala -, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. Atos: 2,17-18

Como podemos perceber aí está repetidas algumas vezes a palavra derramarei que dá significado ao termo efusão.


Razão da mudança

Aconteceu, no entanto que o termo “Batismo no Espírito Santo” foi muito confundido com o batismo sacramental, fazendo com que a liderança nacional da RCC do Brasil decidisse adotar outro, menos polêmico. Com isso passou-se a chamar aquela experiência extraordinária que as pessoas fazem com o Espírito Santo ainda hoje nos Grupos de Oração carismáticos, de “Efusão do Espírito Santo”, ou seja, um derramamento do Espírito no coração da pessoa. Apesar dessa mudança, não se abandonou por completo o nome antigo que é igualmente correto, já que essa ignorância não mais existe na maioria das pessoas envolvidas com a RCC e com a Igreja.


No Catecismo da Igreja

Podemos encontrar essa palavra no Catecismo da Igreja exatamente com este sentido de derramamento do Espírito Santo: “Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa (Jo 20,22) e em seguida, de maneira mais marcante, no dia de pentecostes”. (CC 1287 pg 356)

A experiência pessoal

Na prática essa experiência marca o início de uma grande transformação de vida, gerando alegria, renovando as forças interiores, restaurando a fé e a esperança da pessoa que experimenta. Isso é a marca mais forte da Renovação Carismática Católica, que não tem esse nome por acaso, mas porque acontece, de fato, essa renovação da vida de quem experimenta a efusão do Espírito Santo.


A RCC está presente em quase todas as paróquias do Brasil e é comumente identificada pelos seus Grupos de Oração, sempre calorosos, alegres e acolhedores. Nos Grupos de Oração é possível aconselhar-se, receber oração, e qualquer pessoa pode participar


Parte dos conteúdos dos textos foram retirados da Comunidade Cátolica Espaço Vida

Paz e bem!
Maria Cunha

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Madre Teresa de Calcutá através dela Jesus caminhou entre nós!


“Eu não peço por caridade; eu nunca peço por ela, mesmo no início. Eu vou às pessoas – não faz diferença se sejam hindus, mulçumanos ou cristãos – e digo-lhes: ‘eu estou lhe dando uma oportunidade de fazer alguma coisa bela a Deus.’”

Quando penso em líderes do nosso tempo não posso deixar de citar Madre Teresa como uma grande e amorosa líder, que segundo ela não fez nada além de seguir os ensinamentos de Jesus, o líder maior. “Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.Madre Teresa não mediu esforços e soube tão bem definar dois tipos de pobreza. A “pobreza material” e a "pobreza espiritual”, ela costumava dizer que a pobreza espiritual é a pior. Os pobres espirituais são os que ainda não descobriram Jesus Cristo, ou que estão separados dele por causa do pecado. Os que vivem na rua também precisam ser ajudados nesse sentido, porque a partir do momento que eles conhecerem Jesus as suas limitações materiais e emocionais irá desaparecer.

Assim, nasceu a “Congregação das Irmãs da Caridade” – fundada pela Madre Teresa de Calcutá - guiadas pela Palavra do Senhor que é eternal. “Uma a uma, a partir de 1949, vi chegar, jovens que tinham sido minhas alunas. Vinham com o desejo de dar tudo a Deus e tinham pressa em fazê-lo. Despojavam-se, com íntima satisfação, dos seus sarís luxuosos para revestir-se do nosso humilde sarí de algodão. Vinham sabendo que se tratava de algo difícil. Quando uma filha das velhas castas se coloca ao serviço dos párias, trata-se de má revolução para eles. A maior. A mais difícil de todas: a revolução do amor! Uma vida mais regular iniciou-se, então, para a nossa pequena comunidade. Abrimos escolas, enquanto continuávamos a visita aos bairros mais humildes de “lata”. Assim, as vocações foram afluindo e a nossa primeira casa tornou-se muito pequena(...)”

Pouco a pouco, foi nascendo a futura "Congregação das Irmãs da Caridade" (que hoje conta com mais de 4.275 Missionárias da Caridade, distribuídas em 119 países. As Irmãs pertencem a 79 nacionalidades. No dia 7 de outubro de 1950, foi aprovada e estabelecida a nova “Congregação das Missionárias da Caridade em Calcutá

Ela definiu tão bem o celibato, dizendo que “as religiosas renuncia a esse dom do matrimônio para consagrar suas vidas a Deus na castidade e no amor, sem divisão. Nada nem ninguém poderá separar desse amor, como diz São Paulo. A opção do sacramento do matrimônio é maravilhosa. Desde o momento em que um homem e uma mulher se amam verdadeiramente e rezam juntos, Deus transmite a eles o seu amor. A vida familiar merece muita atenção, é um dom de Deus”.

Ela costumava dizer que o verdadeiro amor faz sofrer. “Cada vida, e cada vida familiar, deve ser vivida honestamente. Isso supõe muitos sacrifícios e muito amor. Porém, ao mesmo tempo, esses sofrimentos vêm sempre acompanhados de muita paz. Quando a paz reina em um lar, ali se encontram também a alegria, a unidade e o amor. Como se pode levar uma vida familiar normal sem paz e sem unidade”?

Ela soube reunir muçulmanos, hinduístas, budistas cristãos e outros. Em torno de uma mesma causa. Com um único desejo em seu coração: servir a Jesus, que vive no pobre, no miserável, no doente, naquele que foi abandonado por tudo e por todos!

Madre Teresa, dizia “que ninguém pode forçar ou impor a conversão, que só acontece por graça de Deus. A melhor conversão é a que consiste em ajudar as pessoas a se amarem umas às outras. Nós, que somos pecadores, formos criados para ser filhos de Deus, e temos que nos ajudar a chegarmos o mais perto possível dele. Todos somos chamados a amá-lo”.

“Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje - o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira”.

Defendeu com todas as forças o direito à vida contra o aborto. Ela dizia: “Por favor não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela”. Madre contribuiu para que milhares de crianças fossem adotadas por famílias bondosas e prontas para acolher uma criança com amor.

Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: "Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um auto-controle por amor de um ao outro. Vamos insistir que - cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora”.

Mas o que Deus diz para nós? Ele diz: "Mesmo se a mãe se esquecer de seu filho, Eu jamais te esquecerei. Eu gravei seu nome na palma de minha mão." (Is 49). Nós estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre. Deus jamais se esquece de nós.

O maior sacrifício, para Madre Teresa era conviver com a fama, as fotografias as viagens. Porém ela dizia: “ Eu e Deus fizemos um contrato: para cada foto que tiram de mim, Ele liberta uma alma do Purgatório... (risos)... Eu creio que, nesse ritmo, em breve, o Purgatório estará vazio...Viajar pelo mundo cercada de tanta publicidade é cansativo e duro. Porém, eu utilizo tudo o que se me apresenta para a glória de Deus e o serviço aos mais pobres. É preciso que alguém pague esse preço”.


Parte destes depoimentos foram retirados da revista Sem Fronteiras Nº 247 - Dezembro 96 - pág. 05

Paz e bem!

Maria Cunha

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A ditadura do relativismo, que vai oprimindo quem não a aceita...


Quantos ventos de doutrina viemos a conhecer nestes últimos decênios.O relativismo é uma linha de pensamento que nega que possa haver uma verdade absoluta e permanente, ficando por conta de cada um definir a “sua” verdade e aquilo que lhe parece ser o seu bem. Nessa ótica tudo é relativo ao local, à época ou a outras circunstâncias. É o engano do historicismo. Para seus adeptos, “a pessoa se torna a medida de todas as coisas”, como dizia o filósofo grego Protágoras.

A Igreja rejeita o relativismo porque há verdades que são permanentes. As verdades da fé e da moral cristã são perenes porque foram dadas por Deus. Cristo afirmou solenemente: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6); “a verdade vos libertará” (Jo 8,32); e disse a Pilatos que veio ao mundo exatamente “para dar testemunho da verdade” (Jo 18,37). São Paulo relatou que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4) e que “ a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3, 15).

O Evangelho é o dicionário da Verdade. Se negarmos que existe a verdade objetiva e perene, o Cristianismo fica destruído desde a sua raiz.

No campo moral não existe “o bem a fazer e o mal a evitar”, pois o bem e o mal são relativos, segundo o relativismo Isso destrói completamente a moral católica, a qual moldou o Ocidente, e a nossa civilização. Contudo, esse relativismo hoje está penetrando cada vez mais nas universidades, na imprensa e até na Igreja. Ele ignora a lei natural, que é a lei de Deus colocada na consciência de todo ser humano – desde que este dispõe do uso da razão.

Existe a Lei Natural que Deus colocou no coração de todos os hoemns.

Por causa do relativismo moral os governantes propõem leis contra esta lei natural. Dessa forma, a palavra do legislador humano vai superando a do Legislador Divino, a qual é a mesma para todos os homens.

O Papa Bento XVI tem falado insistentemente do perigo da “ditadura do relativismo”, que vai oprimindo quem não a aceita. Quem não estiver dentro do “politicamente correto” é anulado, desprezado, zombado com cinismo. Sobre essa mesma ditadura o Sumo Pontífice falou em 18 de abril de 2005 na homilia da Santa Missa preparatória do conclave que o elegeu: “Não vos deixeis sacudir por qualquer vento de doutrina” (Ef 4, 14). “Quantos ventos de doutrina viemos a conhecer nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantas modalidades de pensamento...! O pequeno barco do pensamento de não poucos cristãos foi freqüentemente agitado por essas ondas, lançado de um extremo para o outro: do marxismo ao liberalismo ou mesmo libertinismo; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo... Todos os dias nascem novas seitas e se realiza o que diz São Paulo sobre a falsidade dos homens, sobre a astúcia que tende a atrair para o erro (cf. Ef 4, 14). O ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é, muitas vezes, rotulado como fundamentalismo. Entrementes, o relativismo ou o deixar-se levar para cá e para lá por qualquer vento de doutrina aparece como orientação única à altura dos tempos atuais. Constitui-se assim uma ditadura do relativismo, que nada reconhece de definitivo e deixa como último critério o próprio eu e suas veleidades”.

O relativismo derruba as normas morais válidas para todos os homens; muitas vezes o defensor do relativismo é ateu; e vê na religião e na moral católicas um obstáculo e um adversário, pois Deus é visto como um escravizador do homem e a moral católica destinada a tornar o homem infeliz, o que não é verdade, só conheceremos a verdade felicidade com Deus.

Dentro do relativismo atual a ciência é colocada como uma deusa que vai resolver todos os problemas do homem; a qual está acima da moral e da religião. Mas se esquece de dizer que o homem nunca foi tão infeliz como hoje; nunca houve tantos suicídios, nunca se usou tanto antidepressivo e remédios para os nervos; nunca se viu tanta decadência moral (aborto, prostituição, pornografia, pendofilia) prática homossexual...), destruição da família e da sociedade.

O relativismo é embalado também pelo ceticismo e pelo utilitarismo, os quais só aceitam o que pode ajudar a viver num bem-estar hedonista, aqui e agora. Há uma verdadeira aversão ao sacrifício e à renúncia.

Infelizmente, esse perigoso relativismo religioso, que tudo destrói, penetrou sorrateiramente também na Igreja, especialmente nos seminários e na teologia. Isso levou o Papa João Paulo II a alertar aos bispos na Encíclica “Veritatis Spendor”, de 1992, sobre o perigo desse relativismo que anula a moral católica. No centro da “crise”, o saudoso Pontífice viu uma grave "contestação ao patrimônio moral da Igreja". Ele diz: “Não se trata de contestações parciais e ocasionais, mas de uma discussão global e sistemática do patrimônio moral... Rejeita-se, assim, a doutrina tradicional sobre a lei natural, sobre a universalidade e a permanente validade dos seus preceitos; consideram-se simplesmente inaceitáveis alguns ensinamentos morais da Igreja...” (n. 4). E chama a atenção para o fato grave de que “a discordância entre a resposta tradicional da Igreja e algumas posições teológicas está acontecendo mesmo nos Seminários e Faculdades eclesiásticas" (idem).

No centro da “crise moral”, enfatizada por João Paulo II, ele revela qual é a sua causa – o homem quer ocupar o lugar de Deus: “A Revelação ensina que não pertence ao homem o poder de decidir o bem e o mal, mas somente a Deus” (cf. Gen 2,16-17). Não é lícito que cada cristão queira fazer a fé e a moral segundo o “seu” próprio juízo do bem e do mal.

Parte deste texto foi retirado do site:Fonte:www.cleofas.com.br

Paz e bem!
Maria Cunha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

IMAGENS:ADORAÇÃO OU VENERAÇÃO?




Desde os primeiros séculos os cristãos pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos Santos e dos Anjos, não para adorá-las, mas para venerá-las. As catacumbas e as igrejas de Roma, dos primeiros séculos, são testemunhas disso. Só para citar um exemplo, podemos mencionar aqui o fragmento de um afresco da catacumba de Priscila, em Roma, do início do século III. É a mais antiga imagem da Santíssima Virgem, uma das mais antigas da arte cristã, sobre o mistério da Encarnação do Verbo. Mostra a imagem de um homem que aponta para uma estrela situada acima da Virgem Maria com o Menino nos braços. O Catecismo da Igreja traz uma cópia dessa imagem (Ed. de bolso, Ed. Loyola, pag.19).

Este exemplo mostra que desde os primeiros séculos os cristãos já tinham o salutar costume de representar os mistérios da fé por imagens, em forma de ícones ou estátuas. É o caso de se perguntar, então: Será que foram eles “idólatras” por cultuarem essas imagens? É claro que não? Eles foram santos, mártires, derramaram, muitos deles, o sangue em testemunho da fé. Seria blasfêmia acusar os primeiros mártires da fé de idólatras.

No século VIII, sob influência do judaísmo e do islamismo, surgiu um movimento herético que se pôs a combater o uso das imagens. Eram os iconoclastas. O grande e principal defensor do uso das imagens na época, foi o santo e doutor da Igreja S. João Damasceno (de Damasco), falecido em 749, o qual foi muito perseguido por se manter fiel e defensor dessa santa Tradição cristã.

A fim de dirimir as dúvidas sobre a questão, o Papa Adriano I (772-795) convocou o II Concílio Ecumênico de Nicéia, que se realizou de 24/09 a 23/10/787. Assim se expressou o Concílio, resolvendo para sempre a questão:

“Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161).

Essas palavras, por serem de um Concílio da Igreja, são ensinamentos oficiais e infalíveis, e não podemos colocá-los em dúvida. O grande S. João Damasceno dizia: “A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus “ (nº 1162).

O nosso Catecismo explica que: “A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova “economia” das imagens”( 1159).

S. Tomás de Aquino (1225-1274) também defendia o uso das imagens, afirmando: “O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem“( 2131).


Muitos querem incriminar a Igreja Católica, afirmando que ela desrespeita a ordem que Deus deu a Moisés : “não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo…” (Dt 4,15-16).

Os cristãos, desde os primeiros séculos, entenderam, sob a luz do Espírito Santo, que Deus nunca proibiu fazer imagens, e sim “ídolos”, deuses, para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de imagens (Baals, Moloc, etc). Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova de que Deus nunca proíbiu imagens, é que Ele próprio ordenou a Moisés que fabricasse imagens de dois Querubins e que também pintasse as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança.


“Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro… Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto e protegerão com elas a tampa … “ (Ex. 25,18s, Ex 37,7; 1 Rs. 6,23; 2 Cr. 3,10).

“Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta sobre as quais alguns querubins serão artísticamente bordados” (Ex. 26,1.31).


Deus nunca proibiu imagens, e sim, “fabricar imagens de deuses falsos” . O mesmo Deus mandou que, no deserto, Moisés fizesse uma imagem de uma serpente de bronze (Nm 21, 8-9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (Jo 3,14). Também o rei Salomão, quando construiu o templo, mandou fazer querubins e outras imagens (I Rs 7,29). O culto que a Igreja Católica presta a Deus, e só a Deus, é um culto chamado “latria”, isto é, de adoração. Aos anjos e santos é um culto chamado “dulia”, de veneração. Maria, como Mãe de Deus recebe o culto de “hiper-dulia”, super-veneração digamos, mas que está muito longe da adoração devida só a Deus.


São Pedro, ao terminar a segunda Carta falava do perigo daqueles que interpretavam erroneamente as Escrituras: “Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pe 3,16).

Infelizmente isto continua a acontecer com aqueles que querem dar uma interpretação individual à Palavra de Deus, sem autorização oficial da Igreja, levando multidões ao erro. Só a Igreja é a autêntica intérprete da Bíblia (cf.Dei Verbum,10), pois foi ela que, inspirada pelo Espírito do Senhor (Jo 16,12), a compôs.

As imagens, sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens e esculturas foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou reproduzido nas esculturas. E assim há de continuar a ser.

O culto por excelência é prestado a Deus, mas isto não justifica que as imagens sejam retiradas das nossas igrejas. Ao contrário, elas nos lembram que aqueles que elas representam, chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus. Assim, as imagens, dão, antes de tudo, glória a Deus. Quando nos ajoelhamos diante de uma imagem de um santo, ou da Virgem Maria, não é para adorar a imagem ou o santo, mas para rezar a Deus, invocando a intercessão do santo.

fonte:www.cleofas.com.br

Paz e bem!
Maria Cunha

DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA (RESUMO)



A Igreja Católica tem uma visão muito clara do mundo e de suas necessidades; e por isso oferece a solução cristã para os graves problemas da humanidade segundo a Luz do Evangelho de Jesus Cristo. Mas, infelizmente muitos católicos desconhecem esta Doutrina.

Ela afirma que: “Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos… Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos “animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça” (SRS 42). (CIC §2442)

As propostas da Igreja não são soluções ideológicas com ênfase capitalista e nem comunista, mas cristãs, baseadas na dignidade da pessoa humana, filha de Deus.

Para a Igreja o homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. “O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos conforme a justiça e com a ajuda da caridade. (CIC §2459)

De um lado a Igreja não aceita o lucro idolatrado como um Deus, que explora o ser humano como se fosse uma máquina insensível; e por outro lado condenou muitas vezes o marxismo que faz do Estado uma instituição todo-poderosa que elimina a liberdade dos filhos da nação.

De forma alguma a Igreja aceita a violência, a revolução, o terrorismo e a guerrilha para resolver o problema social, e muito menos a luta de classes, o incitamento dos pobres contra os ricos. Todas essas práticas são anti-evangélicas e não resolvem o problema social, ao contrário, o agravam.

A “Gaudium et Spes” do Concilio Vaticano II diz que a Igreja emite um juízo moral, em matéria econômica e social, “quando o exigem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” (GS 76,5). É uma missão distinta da missão das autoridades políticas. A Igreja se preocupa com o bem comum, e procura ensinar as atitudes justas na relação com os bens terrenos e nas relações sócio-econômicas.

Por isso, desde Leão XIII (1878-1903) com a “Encíclica Rerum Novarum” a Igreja tem se pronunciado sobre a questão social. A doutrina social da Igreja se desenvolveu desde o século XIX com o encontro do Evangelho com a sociedade industrial que surgia, suas novas estruturas para a produção de bens de consumo, sua nova concepção da sociedade, do Estado e da autoridade, suas novas formas de trabalho e de propriedade.

De um lado a Igreja ensina que “todo sistema segundo o qual as relações sociais seriam inteiramente determinadas pelos fatores econômicos é contrário à natureza da pessoa humana e de seus atos” (CA, 24).

Ela ensina que: “uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social” (GS 63,3; LE 7; CA 35).

Por outro lado, o “Catecismo da Igreja” afirma que “um sistema que “sacrifica os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção” é contrário à dignidade do homem (GS 65). Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais que meros meios que têm em vista o lucro escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo. ” (CIC, §2424)

“A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e atéias associadas, nos tempos modernos, ao “comunismo” ou ao “socialismo”. Além disso, na prática do “capitalismo” ela recusou o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (CA 10).

A regulamentação da economia exclusivamente através do planejamento centralizado perverte na base os vínculos sociais; sua regulamentação unicamente pela lei do mercado vai contra a justiça social, “pois há muitas necessidades humanas que não podem ser atendidas pelo mercado” (CA 34). É preciso preconizar uma regulamentação racional do mercado e das iniciativas econômicas, de acordo com uma justa hierarquia de valores e em vista do bem comum.” (CIC §2425)

A Igreja valoriza sobretudo o trabalho. Ensina que o valor primordial do trabalho depende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Por meio de seu trabalho, o homem participa da obra da Criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.



O Papa João Paulo II disse na “Centesimus Annus”, que: “A atividade econômica, sobretudo a da economia de mercado, não pode desenvolver-se num vazio institucional, jurídico e político. Ela supõe que sejam asseguradas as garantias das liberdades individuais e da propriedade, sem esquecer uma moeda estável e serviços públicos eficazes. O dever essencial do Estado, no entanto, é assegurar essas garantias, para que aqueles que trabalham possam gozar do fruto de seu trabalho e portanto sentir-se estimulados a realizá-lo com eficácia e honestidade… O Estado tem o dever de vigiar e conduzir a aplicação dos direitos humanos no setor econômico; nessa esfera, porém, a primeira responsabilidade não cabe ao Estado mas às instituições e aos diversos grupos e associações que compõem a sociedade” (CA 48).

A Igreja ensina que os responsáveis pelas empresas têm perante a sociedade a responsabilidade econômica e ecológica pelas suas operações (CA 37). Eles “têm o dever de considerar o bem das pessoas e não apenas o aumento dos lucros. Entretanto, estes são necessários, pois permitem realizar os investimentos que garantem o futuro das empresas, garantindo o emprego”. (CIC ,§2432)



Sobre o salário justo a Igreja ensina que ele é o fruto legítimo do trabalho, e que recusá-lo ou retê-lo pode constituir uma grave injustiça (cf. Lv 19,3; Dt 24,14-15; Tg 5,4). Para se determinar o salário justo é preciso levar em conta ao mesmo tempo as necessidades e as contribuições de cada um.

“Levando-se em consideração as funções e a produtividade, a situação da empresa e o bem comum, remuneração do trabalho deve garantir ao homem e aos seus familiares os recursos necessários a uma vida digna no plano material, social, cultural e espiritual” (GS 67,2). “O acordo das partes não é suficiente para justificar moralmente o montante do salário”. (CIC §2434)

A Igreja também fala sobre a greve; e diz que ela é moralmente legítima “quando se apresenta como um recurso inevitável, e mesmo necessário, em vista de um benefício proporcionado. Torna-se moralmente inaceitável quando é acompanhada de violências ou ainda quando se lhe atribuem objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum.” (CIC §2435) “É injusto não pagar aos organismos de seguridade social as cotas estipuladas pelas autoridades legítimas”. (CIC §2436) No plano internacional, a Igreja ensina que a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos é tão grande que provoca entre as nações um verdadeiro “fosso” (SRS 14). “De um lado, estão os que detêm e desenvolvem os meios de crescimento e, de outro, os que acumulam as dívidas”. (CIC §2437) A Igreja entende que diversas causas, de natureza religiosa, política, econômica e financeira, conferem hoje “à questão social uma dimensão mundial” (SRS 9), e que a solidariedade é necessária entre as nações cujas políticas já são interdependentes.

Antes de falecer o Papa João Paulo segundo pedia ao mundo, insistentemente, uma “globalização da solidariedade”. Ela é ainda mais indispensável quando se toma preciso deter “os mecanismos perversos” que impedem o desenvolvimento dos países menos avançados (SRS,17).

A Igreja afirma que “é urgente substituir os sistemas financeiros abusivos e mesmo usurários” (CA, 35), as relações comerciais iníquas entre as nações e a corrida armamentista por um esforço comum no sentido de mobilizar os recursos e objetivos de desenvolvimento moral, cultural e econômico, “redefinindo as prioridades e as escalas de valores” (CA, 28)”. (CIC §2438)

As nações ricas são chamadas pela Igreja a assumir a responsabilidade moral de ajudar as nações pobre as se desenvolverem. “È um dever de solidariedade e caridade; é igualmente uma obrigação de justiça, se o bem-estar das nações ricas provém de recursos naturais não foram eqüitativamente pagos”. (CIC §2439)

Além da ajuda direta às nações mais pobres nas necessidades imediatas, extraordinárias, causadas por catástrofes naturais, epidemias etc., a Igreja ensina que é necessário também “reformar as instituições econômicas e financeiras internacionais, para que elas promovam melhor as relações eqüitativas com os países menos desenvolvidos” (SRS, 16).

“É preciso apoiar o esforço dos países pobres trabalhando para seu desenvolvimento e libertação” (CA, 26). E a Igreja alerta que esta doutrina deve ser aplicada de maneira muito especial no campo do trabalho agrícola. Os camponeses, sobretudo dos países menos desenvolvidos, constituem a grande massa dos pobres. (cf CIC §2440) Por outro lado a Igreja insiste que é necessário “aumentar o senso de Deus e o conhecimento de si mesmo”, pois ai esta a base de todo desenvolvimento completo da sociedade humana. Este desenvolvimento completo multiplica os bens materiais e os põe a serviço da pessoa e de sua liberdade. Diminui a miséria e a exploração econômicas. Faz crescer o respeito pelas; identidades culturais e a abertura para a transcendência ( cf. SRS 32; CA51).

Sobretudo a caridade é o eixo da Doutrina Social da Igreja; ela nos pergunta: “Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola? Como não ouvir Jesus, que diz: “Foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25,45)?

Este breve resumo da Doutrina Social da Igreja mostra que ela nunca se omitiu diante do problema social que se agravou no mundo a partir do século XIX com a revolução industrial. Ao contrário, a Igreja tem uma proposta sólida, que recentemente foi muito bem explanada no “Compêndio de Doutrina Social da Igreja”, publicado em 2004 pelo Pontifício Conselho de “Justiça e Paz” da Santa Sé. (Editora Paulinas, 2005)

Cabe aos católicos conhecerem esta Doutrina e a colocarem em prática, rejeitando tudo que não se coaduna com ela, pois esta vem do Espírito Santo.

Paz e bem!
Maria Cunha
FONTE: Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Referências Bibliográficas:

RN - Carta Enc. Rerum Novarum (15 de Maio de 1891) de Leão XIII, 1892.QA - Carta Enc. Quadragesimo Anno (15 de Maio de 1931): Papa Pio XI ,1931.MM - Carta Enc. Mater et Magistra (15 de Maio de 1961): Papa João XXIII, 1961.AO - Carta Apost. Octogesima Adveniens (14 de Maio de 1971) – Papa Paulo VI, 1971.PP - Carta Enc. Populorum Progressio (26 de Março de 1967) – Papa Paulo VI, 1967.CIC – Catecismo da Igreja Católica, Papa João Paulo II, 1992.GS – Gaudium et Spes – Concilio Vaticano II, 1965CS - Centesimus Annus, Carta Encíclica de João Paulo II, 1991LE - Laborem Exercens – Carta Encíclica de João Paulo II, (14 set 1981)SRS – Solicitudo Rei Socialis, 1987

DEUS É COMPREENDIDO CONFORME O ALCANCE INTELECTUAL E MORAL DE CADA UM!



Nunca houve no mundo tantos templos religiosos como agora, e jamais apareceu tamanho volume de desamor entre os homens.

Desde os prelúdios da Civilização a idéia da imortalidade é congênita no homem. Todas as concepções religiosas da mais remota antigüidade, se bem que embrionárias e grosseiras em suas exteriorizações, no-la atestam. Entre as raças bárbaras abundaram as idéias terroristas de um Deus, cuja cólera destruidora se abrandaria à custa dos sacrifícios humanos e dos holocaustos de sangue, e, por toda parte, onde os homens primitivos deixaram os vestígios de sua passagem, vê-se o sinal de uma divindade a cuja providência e sabedoria as criaturas entregavam confiadamente os seus destinos.

O termo "religião" provém do latim "religare" e implica na crença em forças consideradas sobrenaturais, criadoras do universo e tem por finalidade orientar moralmente o homem, religando-o ao Criador, através de um conjunto de ensinamentos
Desde a mais longínqua antigüidade jamais houve povos ateus. Em todas as épocas, na história de todas as civilizações encontra-se assinalada a crença na existência de um poder superior.

É grande o número de seitas e religiões, cada qual com sua interpretação própria sobre a divindade e suas leis. Assim, Deus é religiosamente compreendido conforme o alcance intelectual e moral de cada criatura.

AS PRIMEIRAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.

Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através do mecanismo das palavras. Todavia, com a cooperação dos degredados do sistema da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.

Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, já nos falam da sabedoria dos "Sastras", ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios, nas margens dos rios sagrados da Índia. Vê-se, pois, que a idéia religiosa nasceu com a própria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esforços e realizações no plano terráqueo.

Somos chamados a reconhecer que a Índia foi a matriz de todas as filosofias e religiões da Humanidade, inclusive do materialismo, que lá nasceu na escola dos charvacas. Examinando a sua grandeza espiritual e as suas belezas misteriosas, mas, acima dos seus iogues e de seus "mahatmas", temos de colocar a figura luminosa dAquele que é a luz do mundo, Jesus e cuja vinda à Terra se verificaria para trazer a paz e o amor, para todos os corações e para todos os povos, arrasando as fronteiras que separam os espíritos e eliminando os laços ferrenhos das castas sociais, para que o amor das almas substituísse o preconceito de raça no seu reinado sem-fim.

Religião é o sentimento Divino, cujas exteriorizações são sempre o Amor, nas expressões mais sublimes. Enquanto a Ciência e a Filosofia operam o trabalho da experimentação e do raciocínio, a Religião edifica e ilumina os sentimentos.

As primeiras se irmanam na Sabedoria, a segunda personifica o Amor, as duas asas divinas com que a alma humana penetrará, um dia, nos pórticos sagrados da espiritualidade. As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação, no sagrado instituto da família.

Religião, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifica o caminho das almas e que cada espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.

Neste sentido, a Religião é sempre a face soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteiras, à semelhança das pátrias materiais, tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.

Dessa falsa interpretação têm nascido no mundo as lutas antifraternais e as dissensões religiosas de todos os tempos.

Todas as idéias religiosas, que as criaturas humanas traziam consigo do pretérito milenário, destinavam-se a preparar o homem para receber e aceitar o Cordeiro de Deus, com a sua mensagem de amor perene e reforma espiritual definitiva.


O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos, expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na palavra imorredoura de Jesus.

Os homens, contudo, não obstante todos os elementos de preparação, continuaram divididos e, dentro das suas características de rebeldia, procrastinaram a sua edificação nas lições renovadoras do Evangelho.

A ciência multiplica as possibilidades dos sentidos e a filosofia aumenta os recursos do raciocínio, mas a religião é a força que alarga os potenciais do sentimento.

Por isso mesmo, no coração mora o centro da vida. Dele partem as correntes imperceptíveis do desejo que se consubstanciam em pensamento no dínamo cerebral, para depois se materializarem... nas palavras, nas resoluções, nos atos e nas obras de cada dia.

No dia a dia, há quem menospreze a atividade religiosa, supondo-a mero artifício do sacerdócio ou da política, entretanto, é na predicação da fé santificante que encontraremos as regras de conduta e perfeição de que necessitamos para o crescimento de nossa vida mental na direção das conquistas divinas.

Só a religião consegue apagar as mais recônditas arestas do ser. Determinando nos centros profundos de elaboração do pensamento, altera, gradativamente, as características da alma, elevando-lhe o espírito, através da melhoria crescente de suas relações com o mundo e com os semelhantes.

A ciência construirá para o homem o clima do conforto e enriquecê-lo-á com os brasões da cultura superior; a filosofia auxiliá-lo-á com valiosas interpretações dos fenômenos em que a Eterna Sabedoria se manifesta, mas somente a fé, com os seus estatutos de perfeição íntima, consegue preparar nosso espírito imperecível para a ascensão à glória universal. Eis o grande desafio da humanidade, para reconher a fé, o homem não precisa renegar a ciência e a filosofia todas as ciências colaboram para a compreensão da diversidade na unidade.

As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que caíram. Muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo interesse criminoso e pela ambição lamentável dos seus expositores; mas, a verdade um dia brilhará para todos, sem necessitar da cooperação de nenhum homem.

A vaidade humana sempre guardou a pretensão de manter o Cristo nos círculos do sectarismo religioso, mas Jesus prossegue operando em toda parte onde habita o princípio do bem

Escandalizar com a sua crença um outro que não pensa como ele, é faltar com a caridade e atentar contra a liberdade de pensamento.

Católicos, protestantes, espíritas, todos eles se movimentam, ameaçados pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da discórdia.Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a Deus.

Religião, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento Divino que clarifica o caminho das almas e que cada espírito aprenderá de acordo com a sua vida terrestre. Neste sentido, a religião é sempre a oberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteiras à semelhança das pátrias materiais, tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.

ENSINAR E PRATICAR

Todas as ciências estão ricas de especulações teóricas,todas as religiões que se distanciam do amor estão repletas de palavras, quase sempre vazias e incompreensíveis. As pregações são ouvidas, por toda parte; mas a prática, esta, é rara; e daí a necessidade de se habituar a ela com devotamento, para que os atos revelem os sentimentos, operando com o espírito de verdadeira humildade.
Alguns séculos antes de Jesus, o plano espiritual, através dos profetas e dos filósofos, exortava o homem do mundo ao conhecimento de si mesmo.

É certo que o planeta já possui as suas expressões isoladas de legítimo evangelismo, raras na verdade, mas consoladoras e luminosas. Essas expressões, porém, são obrigadas às mais altas realizações de renúncia em face da ignorância e da iniqüidade do mundo. Esses apóstolos desconhecidos são aquele “sal da Terra” e o seu esforço divino será respeitado pelas gerações vindouras, como os símbolos vivos da iluminação espiritual com Jesus-Cristo, bem-aventurados de seu Reino, no qual souberam perseverar até ao fim.

A verdadeira doutrina será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa.

Paz e bem!
Maria Cunha


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